Logo que falamos em cachaça – também conhecida pinga ou canha – logo pensamos em Estados como Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro. Entretanto, o RS, que sempre foi respeitado pela safra de bons vinhos de suas terras, agora passa a despontar entre os produtores da aguardente.
Do Rio Grande do Sul saem mais de 31% das principais cachaças consumidas no Brasil, todas certificadas pelo Inmetro. O órgão de qualidade do governo é responsável por verificar desde o cultivo da cana até o engarrafamento da bebida.
O RS entrou no páreo dos grandes fabricantes de cachaça do país desde 1999, com o surgimento da Associação dos Produtores de Cana-de-açúcar e derivados (Aprodecana). Desde então, a entidade fomenta o desenvolvimento da bebida do Estado no Brasil. A campanha da Aprodecana é focada diretamente na qualidade. E pelo que tudo indica, todos os esforços estão dando resultados, pois alambiques gaúchos já conquistaram importantes prêmios, como o Best in Show, concurso realizado dentro da San Francisco World Spirits Competition,
A fama da cana e dos destilados provenientes do RS ganharam proporções internacionais. Só para se ter idéia, 5% de todo cultivo é destinado ao mercado internacional. Esse número parece pouco, mas se compararmos com o total do país, que é de pouco mais de 1%, os índices de exportação do Rio Grande do Sul surpreendem.
O clima frio da serra gaúcha é muito propício para o cultivo da cana, pois as temperaturas baixas resultam elevados teores de açúcar no produto. Isso tudo aliado ao rigoroso padrão exigido pelos consumidores, faz das aguardentes do RS uma das melhores do Brasil.
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